A DOENÇA ANDROGÊNICA DO ENVELHECIMENTO MASCULINO: O DIAGNÓSTICO E A TERAPIA DE REPOSIÇÃO DA TESTOSTERONA
Resumo
O homem de idade avançada pode apresentar o declínio na produção de testosterona (T), acarretando sinais e sintomas, descritos na deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM) ou hipogonadismo masculino tardio, antigamente denominado de “andropausa”. O termo “andropausa” não é correto porque – ao contrário das mulheres na menopausa, que param de produzir o estrogênio – os homens não param de produzir o hormônio testosterona. Nesse sentido, o que ocorre é a diminuição de sua produção – em geral, em torno de 12% a cada década de vida, a partir dos 40-50 anos. Essa síndrome é caracterizada clinicamente pela diminuição da libido, disfunção erétil, redução da massa muscular, acúmulo de gordura corporal, redução da densidade mineral óssea, sintomas depressivos e sarcopenia. Laboratorialmente é definida quando ocorre redução progressiva da concentração de testosterona no sangue, abaixo dos níveis fisiológicos. Logo, homens sintomáticos apresentando níveis séricos de testosterona total abaixo de 300ng/ml, no mínimo com dois exames alterados, são candidatos ao tratamento. Assim, o objetivo do presente trabalho foi, por meio de pesquisa bibliográfica na literatura especializada dos últimos vinte anos (2001 a 2021), demonstrar como deve ser realizado um diagnóstico adequado e os efeitos da Terapia de Reposição da Testosterona (TRT)em pacientes que apresentam DAEM. Concluímos que os homens com deficiência androgênica típica da terceira idade são beneficiados com a TRT, uma vez que amenizam os sinais e sintomas do hipogonadismo, o tratamento possui poucas contraindicações e as drogas utilizadas apresentam segurança farmacológica.