“SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO”: A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA PAUTADA NA TENTATIVA DE DOMESTICAÇÃO DO GÊNERO FEMININO, E A (IM) POSSIBILIDADE DE CRIMINALIZAÇÃO DA CONDUTA NOS TERMOS DOS PROJETOS DE LEI 7.633/2014 E 7.867/2017

  • Ana Luiza Lamão Pessanha Faculdade Metropolitana São Carlos
  • Tauã Lima Verdan Rangel Faculdade Metropolitana São Carlos
Palavras-chave: Violência Obstétrica, Domesticação do gênero, Projeto de Lei

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo geral examinar o papel simbólico desempenhado pela violência obstétrica face à banalização da conduta. A problemática que se estabelece na presente pesquisa, aborda a seguinte indagação “Em uma sociedade patriarcal-androcêntrica, qual o papel simbólico desempenhado pela violência obstétrica face à banalização da conduta?” Nesse viés, se estabelecendo como uma possível hipótese de resolução: a violência obstétrica é justificada pela sociedade patriarcal-androcêntrica como resultado de um “pecado”, ou, como algo divino e natural “pois, é válido qualquer sacrifício para ter seu filho nos braços”. A (im) possibilidade de criminalização da conduta, pelo fato de ser uma modalidade de violência velada e romantizada pela sociedade, juntamente com a falta de interesse do poder legislativo de implantar uma lei que penaliza profissionais elitizados. Como resultado, se entende que a violência obstétrica cumpre o papel de método de domesticação do gênero feminino, com intuito de se apropriar dos processos reprodutivos. E a falta de previsão legal no âmbito jurídico brasileiro, gera o agravamento da violência, pois ocorre sua banalização e invizibilização. Utilizaram-se como métodos científicos de abordagem o historiográfico e o dedutivo, contando com apoio dos dados qualitativos para se justificar a pesquisa.   

Biografia do Autor

Ana Luiza Lamão Pessanha, Faculdade Metropolitana São Carlos

Graduanda do Curso de Direito da Faculdade Metropolitana São Carlos.

Tauã Lima Verdan Rangel, Faculdade Metropolitana São Carlos

Professor Orientador. Pós-Doutor em Sociologia Política pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (2019-2020; 2020-2021). Doutor e Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense. Coordenador do Grupo de Pesquisa “Faces e Interfaces do Direito: Sociedade, Cultura e Interdisciplinaridade no Direito” – FAMESC – Bom Jesus do Itabapoana-RJ; E-mail: taua_verdan2@hotmail.com

Publicado
2022-03-26
Como Citar
Pessanha, A. L., & Rangel, T. L. (2022). “SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO”: A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA PAUTADA NA TENTATIVA DE DOMESTICAÇÃO DO GÊNERO FEMININO, E A (IM) POSSIBILIDADE DE CRIMINALIZAÇÃO DA CONDUTA NOS TERMOS DOS PROJETOS DE LEI 7.633/2014 E 7.867/2017. Acta Scientia Academicus: Revista Interdisciplinar De Trabalhos De Conclusão De Curso (ISSN: 2764-5983), 6(3). Recuperado de http://multiplosacessos.com/ri/index.php/ri/article/view/152