INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA DE MICROPLÁSTICOS EM LIXIVIADO

UM ESTUDO DE CASO NO ATERRO SANITÁRIO DESATIVADO DE CUIABÁ-MT

  • Cecilia Fraga Hasler Universidade Federal de Mato Grosso
  • Danielle Kristina Silva Martins Universidade Federal de Mato Grosso
  • Gláucia Chaves Cordeiro Universidade Federal de Mato Grosso
  • Octávia Aparecida Santos de Pinho Universidade Federal de Mato Grosso
  • Paulo Modesto Filho Universidade Federal de Mato Grosso
  • Danila Soares Caixeta Universidade Federal do Mato Grosso
Palavras-chave: plástico; fragmentação; impactos ambientais.

Resumo

Na atualidade, um dos maiores desafios é a gestão dos resíduos plásticos, visto ser um material que em sua maioria são descartados em aterros e lixões e, em determinas circunstâncias, lançados no ambiente sem nenhum tratamento prévio.  Nos lixões e aterros os macroplásticos são fragmentados em microplásticos, sendo encontrados em grande proporção no solo e lixiviado. Essa pesquisa objetivou analisar quantitativo e qualitativamente a incidência de microplásticos em lixiviados provenientes do aterro sanitário desativado de Cuiabá-MT. Em triplicata, foram coletados 1 L de lixiviado em três pontos amostrais (P1 - surgimento do talude), P2 - lagoa desativada e P3 - lagoa em funcionamento).  As amostras foram filtradas em peneiras com malha de 100 a 63µm e o material retido foi transferido para frascos com solução de peróxido de hidrogênio (H2O2) a 20%. Após, os microplásticos foram quantificados e qualificados, quanto a cor e tipo. Em todas as amostras foi encontrado um total de 558,32 microplásticos.L-1, com concentrações variando de 0 a 257,33 microplásticos.L-1.  No P1 foram encontrados 66,33 microplásticos.L-1, P2 197,66 microplásticos.L-1 e P3 294,33 microplásticos.L-1. Em todos os pontos amostrais, houve presença de fibras e filamentos, sendo a maior quantidade de fibras, encontrada em P3 com uma média de 283,33 microfibras.L-1 e menor quantidade em P1 com média de 64,33 microfibras.L-1. As altas concentrações de microplásticos expõe que a lixiviados são fontes potenciais dessas micropartículas, sendo necessário a adoção de técnica de remoção desse poluente.

Biografia do Autor

Cecilia Fraga Hasler, Universidade Federal de Mato Grosso

Aluna graduanda do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Cuiabá-MT.

Danielle Kristina Silva Martins, Universidade Federal de Mato Grosso

Aluna graduanda do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Cuiabá-MT.

Gláucia Chaves Cordeiro, Universidade Federal de Mato Grosso

Aluna graduanda do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Cuiabá-MT.

Octávia Aparecida Santos de Pinho, Universidade Federal de Mato Grosso

Aluna graduanda do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Cuiabá-MT.

Paulo Modesto Filho, Universidade Federal de Mato Grosso

Professor do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. Doutor em Meio Ambiente e Biologia Aplicada pelo Université Catholique de Louvain, Bélgica.

Danila Soares Caixeta, Universidade Federal do Mato Grosso

Professora do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental e Programa de Pós-graduação em Recursos Hídricos da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. Doutora em Ciências, pela Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG.

Publicado
2023-08-30
Como Citar
HASLER, C.; MARTINS, D. K.; CORDEIRO, G.; PINHO, O. A.; FILHO, P.; CAIXETA, D. INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA DE MICROPLÁSTICOS EM LIXIVIADO. Múltiplos Acessos, v. 8, n. 2, p. 95-105, 30 ago. 2023.
Seção
ARTIGOS