VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO PERÍODO GRAVÍDICO-PUERPERAL ENTRE USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
UM ESTUDO DE CASO
Resumo
A prevalência de violência obstétrica no Brasil é alta: ¼ das mulheres relata maus tratos físicos, psicológicos e verbais, assim como procedimentos desnecessários e invasivos, como episiotomias, restrição ao leito no pré-parto, tricotomia, ocitocina de rotina e ausência de acompanhante. São incessantes os relatos sobre maus-tratos sofridos pelas mulheres, não só durante o parto, mas em todas as etapas do período gravídico-puerperal, que violam a solenidade da mulher. Este artigo tem como objetivo elucidar as variadas formas de violência obstétrica, principalmente aquelas sofridas por usuárias do SUS; abordar os direitos sexuais e reprodutivos da mulher e a violência obstétrica como prática médica; e discorrer sobre os benefícios de um parto humanizado para a mãe e para o recém-nascido. Conclui-se que o conhecimento por parte das mulheres sobre seus direitos, inclusive a exigência da presença de acompanhante de sua escolha durante o parto, é a principal estratégia de enfrentamento da violência obstétrica institucional. Para a elaboração do presente artigo, foram utilizados artigos de revisão e artigos epidemiológicos. Os artigos estudados foram publicados entre os anos de 2007 a 2018. Observou-se que várias são as atitudes dos profissionais de saúde que desvalorizam e desrespeitam a dignidade da mulher antes, durante e após o trabalho de parto. Assim, essas atitudes devem ser revistas e punidas.